sábado, 13 de setembro de 2014

O outro lado da moeda - Porque os grande vilões também são vítimas

Esta foi certamente uma das semanas mais vergonhosas para a história da NFL! O vazamento de um vídeo que mostra o então RB do Baltimore Ravens, Ray Rice, dando um soco na cara de sua noiva se tornou manchete em toda a mídia e reacendeu um debate sobre a postura da Liga ao tratar com tais casos. Para piorar ainda mais, Adrian Peterson ,RB do Minnesota Vikings, teve sua prisão pedida por denúncias de agressão a seu filho de apenas quatro anos. Mas será justo simplesmente apedrejar todo e qualquer jogador que faz uma besteira, ou podemos buscar entender os motivos que o levam a isso?

A negligência ao caso de Rice pode custar o emprego do comissário Roger Goodell
Antes de continuar, é importantíssimo deixar bem claro que eu não concordo com a atitude do Ray Rice, muito menos do Adrian Peterson. Violência em qualquer circunstância é condenável e se torna ainda mais quando praticada contra uma mulher ou uma criança indefesa. Meu objetivo com este texto é apenas mostrar que esses acontecimentos (e muitos outros similares) podem ser evitados com uma grande facilidade.

O problema não é de hoje.

Existem alguns casos bastante icônicos em toda história da NFL, mas acredito que nenhum é mais do que o de OJ Simpson. O corredor foi um dos maiores jogadores da história do Buffalo Bills (e ator nas horas vagas) e em 1995 teve de responder judicialmente por suspeitas um duplo homicídio, sendo uma das vítimas sua ex-esposa. Apesar de provas significativas que apontavam a culpa para OJ, ele foi inocentado e o caso ganhou grande notoriedade na mídia, sendo o júri transmitido para todos os EUA ao vivo pela TV.

Outros dois casos mais recentes, mas com tanta repercussão, foram os de Ray Lewis e Michael Vick. Lewis era a promessa como LB do Ravens (mesmo time de Rice) e era suspeito de um homicídio numa boate. Contudo, toda a história foi tratada de maneira bastante negligente, um outro homem assumiu a culpa, Lewis nunca enfrentou nenhum problema com a Liga e este episódio acabou caindo no esquecimento da mídia e dos fãs.

OJ chegou a ser preso, mas foi libertado após julgamento.
Por fim, Michael Vick! O então QB do Atlanta Falcons vivia o auge de sua carreira e castigava as defesas adversárias tanto correndo quando lançando, mas teve um hiato obrigatório em sua carreira após ser preso por gerenciar rinhas de cachorros. Depois de cumprir sua pena, Vick voltou para a NFL e não se envolveu em nenhum outro episódio polêmico dentro ou fora de campo.

Vick foi delatado por seu primo e foi preso por organizar rinhas de cachorro.
É preciso mais do que simplesmente crucificar.

O filme "Um Sonho Possível" foi um dos grandes destaques do ano de 2012, sendo indicado a diversos prêmios. A obra em questão conta a história de Michael Oher, menino negro e pobre que foi "adotado" por uma família de realidade muito distinta e acabou se tornando um jogador profissional de futebol americano.

Oher e sua família, quando ainda jogador do Ravens.
Apesar de ser obviamente dramatizada e aumentada, toda a história mostra como a realidade de Oher era problemática. Ele não sabe quem é seu pai, sua mãe é usuária de drogas, ele possuía outros sete irmãos, o Conselho Tutelar fazia visitar constantes para toma-los de sua mãe, seus amigos se tornam criminosos e chegam a convidá-lo para juntar-se a eles. É visível a dificuldade da família adotiva parar suprimir as "sequelas" de toda essa vida de dificuldades, e é chocante imaginar quantos milhares de outros meninos não têm a mesma sorte e acabam seguindo para o lado criminoso, ou até conseguem atingir o sucesso no esporte, mas sem nenhuma estrutura familiar ou disciplina em sua vida.

Imagine-se como um jovem nas mesmas condições de Oher, mas sem um "anjo da guarda" para te salvar. Por 18 anos a única coisa que te liberta de todo esse "sofrimento" é o esporte e então começam a chover cartas de convite para você fazer uma faculdade de graça por conta disso, e alguns anos depois um time te liga e diz que quer te ter como atleta, ganhando alguns milhões por ano! Este menino nunca teve nenhuma instrução de como cuidar de seu dinheiro, de como lidar com a pressão midiática ou algo do tipo, então ele toma atitudes consideradas estúpidas.

Melhor exemplo do caso acima é Adam "Pacman" Jones, CB do Bengals, que tinha tantos problemas extra-campo que teve que assinar uma espécie de termo onde se comprometia a melhorar suas atitudes. Hoje, ele até oferece palestras para Rookies que entram na NFL e se cita como exemplo negativo, contando que já chegou a gastar 1 milhão de dólares em uma noite (Sim, você leu certo!)

Qual a solução?

Quando Vick saiu da prisão, Tony Dungy, ex-Técnico do Colts, se ofereceu para fazer uma espécie de acompanhamento e aconselhamento ao jogador. Li em algum lugar que eles se tornaram amigos e se falam até hoje. Dungy é um caso ímpar de integridade e seriedade, mas gostaria de ver seu exemplo ser seguido por outros técnicos e jogadores aposentados.

Por fim, sejamos sinceros, saúde mental também é um assunto totalmente negligenciado no esporte como um todo! A mídia e o público preferem fazer piadas de casos como o de Titus Young, ex-WR do Lions, que foi preso três vezes numa mesma semana e demonstrava claramente desequilíbrio mental, ou então do RB que sumiu logo após o Combine e só reapareceu três dias depois, com a mesma roupa, na Florida, dizendo que Deus tinha lhe dito para fazer isso. 

Destaco o WR Brandon Marshall do Chicago Bears, que foi diagnosticado em 2011 com Transtorno de Personalidade Borderline (Vale a pena pesquisar sobre isso) e vem sendo o maior embaixador da importância de realmente se preocupar com a sanidade mental e deixar de ver isto como um tabu. Para isso, o atleta usa em algumas ocasiões adereços verdes em seu uniforme e faz constantemente publicações na internet sobre o tema.

Marshall usando chuteiras verdes em jogo contra o Giants
Solucionar este problema é possível, mas envolve um esforço conjunto e muito mais profundo do que simplesmente a implementação de uma política por parte da NFL. Acredito que os times (até mesmo de NCAA) deveriam oferecer maior acompanhamento psicológico (e psiquiátrico) para seus atletas e entender que mais do que corpos que trazem dinheiro para uma franquia, estamos tratando de seres humanos. Caso contrário, teremos que lidar sempre com casos chocantes como o de um homem que desmaia sua noiva com socos ou que amarra o filho e venda sua boca para espancá-lo.

segunda-feira, 3 de março de 2014

RAPIDINHA - Multitarefas

Jogar um esporte em alto nível é o sonho de muitas pessoas, mas e se você pudesse jogar dois esportes em alto nível? Evidente que a cobrança física, mental e o aspecto técnico fazem com que pouquíssimos atletas consigam realizar tal façanha, por isso nós resolvemos listar alguns exemplos de sucesso em mais de um esporte.
Russel Wilson vestindo o uniforme do Texas Rangers
1- Bo Jackson (NFL, MLB e Atletismo)
BO KNOWS
Bo é um daqueles casos no esporte que te deixam de queixo caído e te fazem acreditar nos X-Men. Durante a faculdade ele foi destaque no futebol americano (ganhou até Heisman), no baseball e no atletismo, o que o rendeu convites para jogar profissionalmente tanto na MLB quanto na NFL. Ele seguiu as duas carreiras, sendo até hoje o único atleta a ir pro All-Star em duas grandes ligas de esportes. Ele virou tema de documentário da ESPN que você pode ver AQUI.

2- Deion Sanders (NFL, MLB)

O homem não era chamado de "Primetime" sem motivo. Deion é o único indivíduo da face da terra que já jogou um Super Bowl e uma World Series, legal, né? Fora isso, a sua carreira no baseball não teve muito destaque, ainda mais se comparada a no futebol americano.

3- Michael Jordan (NBA, MLB)


Depois do assassinato de seu pai, Jordan dizia não sentir mais amor pelo basquete e se dedicou a uma curta, e pouco vitoriosa, carreira no baseball. Ele depois voltou pra NBA e jogou o fino da bola (gíria idosa).

4- Jameis Winston (NCAA Football and Baseball)

O atual vencedor do Heisman Trophy mostra potencial pra ser um "Mini-Bo"! O QB de 20 anos, 1,93m, pouco mais de 100kg já tem um título nacional pelo Seminoles e está jogando também pelo time de baseball da faculdade, onde já foi listado no terceiro time All-America durante a pré-temporada. Me assusta pensar no que esse menino pode ser daqui uns anos...

5- Richard Sherman (NFL e Atletismo)

Ele faz bem mais do que dar entrevistas polêmicas, meus queridos. Assim como a maioria dos destaques na NFL, Sherman jogava em mais de uma posição em seus tempos de High-School, o que o rendeu uma bolsa de atleta para Stanford como WR. No seu primeiro ano, ele foi selecionado entre os melhores novatos do país, mas uma grave lesão no joelho o fez virar CB (O elenco de WR estava muito cheio, ainda bem). Ele, inclusive, diz que muitos times o ligaram no Draft dizendo que se ele não fosse escolhido até o fim do quinto round, o pegariam como recebedor.
Bom, além disso, Sherman teve uma bela carreira no atletismo, se destacando nos 110m com barreiras e salto triplo, sendo neste considerado um dos destaques nacionais.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

LISTA - Os jogadores mais overrated da NFL.

Já parou pra pensar que a grande maioria dos jogadores da NFL são completos desconhecidos para todos nós? Você sabe o nome dos reservas da OL do seu time? Pois é, eu também não. É comum (e muito compreensível) que os fãs conheçam mais os jogadores que têm melhores resultados em campo, acontece que alguns jogadores fogem à regra e ficam sendo famosos por conta de um sobrenome engraçado, uma jogada de sorte e coisas do gênero.
O conceito de "overrated" é usado para definir algo que é tido como muito superior ao que realmente é, o famoso "superestimado". Sendo assim, resolvi listar os jogadores que na MINHA opinião, recebem muita atenção, mas não isso tudo que a mídia gosta de falar.

1- Joe Flacco, QB - Baltimore Ravens

Eu costumava ser muito fanboy do Flacco, especialmente na sua temporada de calouro, me parecia ter muito potencial. Contudo, o jogo dele foi me parecendo cada vez mais chato e monótono com o passar do tempo, parecia que ele tinha se sentado na "hype" de ser um bom calouro e ficou por isso mesmo. Em alguns momentos é comum vê-lo tomar decisões mais burras do que você bêbado no Carnaval! Tudo bem, Joe Flacco tem um Super Bowl, mas até aí Trent Dilfer também tem e pelo mesmo motivo que ele: Uma defesa que segurou a onda quando foi preciso. 


2- Troy Polamalu, S - Pittsburgh Steelers

É um pouco injusto o Polamalu estar nessa lista se analisarmos toda a carreira dele. Muito completo, físico e bom na cobertura, ele é um sério candidato ao Hall da Fama quando se aposentar, mas infelizmente é preciso reconhecer que está em fim de carreira, há cerca de dois anos que o Polamalu não tem rendido seu máximo, em parte pela idade e em parte pelo número de lesões. É visível alguns erros de cobertura e tackle que ele não costumava cometer, mas muita gente não nota porque só o reconhece pelo cabelo grande e aqueles sacks que pula por sobre a linha.

3- Matthew Stafford, QB - Detroit Lions

Ele é mais um nos moldes do Flacco, conseguiu "se queimar" comigo. Sendo a primeira escolha geral no Draft, ainda mais como QB, espera-se um resultado absurdo do jogador, o que Stafford não cumpriu de certa maneira. Eu dou um desconto porque o jogo terrestre do Lions não vinha sendo muito bom e a defesa tem muitas falhas, principalmente na secundária, mas não vejo o pobre Matthewzinho sendo clutch ou chamando a responsabilidade pra si. Além do que irrita aquela cara dele de gordinho da pelada que é o dono da bola.

4- Michael Oher, OT - Baltimore Ravens

Legal, o Big Mike é fofinho, o filme dele é fofinho, mas vamos encarar a realidade: Michael Oher não é o melhor linha ofensiva do mundo. Já vi um drive que o Oher fez dois holdings e um false start, e não foi no seu ano de novato.

5- Jimmy Graham, TE - New Orleans Saints

Parem de colocar o Graham como um deus do futebol americano! Primeiro que já tenho profunda antipatia por todo TE que bloqueia como uma menina de sete anos, e isso vem desde que o Dallas Clark jogava no Colts. Além disso, o Graham vai ter um "matchup" favorável em 90% das jogadas em que correr rota, já que ele é mais alto e forte que a maioria dos S e mais rápido que a maioria dos LBs. E pra fechar, jogando com Drew Brees e sendo alto desse jeito, os números que Graham tem produzido não são mais que obrigação!

6- DeSean Jackson, WR - Philadelphia Eagles

Essa é bem pessoal, confesso, afinal, o DeSean tem ótimos números e já decidiu muitos jogos. O problema é que eu o considero muito burro desde a jogada onde ele soltou a bola sozinho antes de entrar na endzone (que não foi a única vez que ele fez isso). Além disso, é meio assustador pra mim pensar num jogador de NFL com 70 e poucos quilos, que raramente corre rotas pro meio do campo porque os coaches sabem que pegar uma bola ali significa óbito.

7- Jay Cutler, QB - Chicago Bears

Toda vez que alguém elogia o Cutler eu fico mais perto do suicídio. Ele é, de longe, o jogador que eu mais detesto na NFL em todos os sentidos possíveis! Eu acho todos os fundamentos dele horríveis, e some isso à sua postura de jogador tão durão quanto pudim da minha vó e sua cara de vocalista de banda emo que você chega aonde eu quero.

BONUS - Colin Kaepernick, QB - 49ers

Foi por demanda popular, mas Kaep realmente não é tudo que dizem. Ele domina o sistema de Pistol porque ele foi masterizado pela faculdade que jogava, isso é um ponto muito positivo, mas para por aí. Esse ano, com as defesas já mais bem preparadas, era comum ver corridas mal executadas e passes sem sentido algum. Abre teu olho, Lula Molusco, senão o Alex Smith volta e rouba teu lugar!

domingo, 16 de fevereiro de 2014

AFWB e o meu próprio Super Bowl.

Vou tentar fazer uma espécie de diário sobre como foram os dois dias de Camp promovido pela American Football Without Barriers e a minha experiência como atleta e como fã.
O primeiro ponto que me chamou atenção é como eu não fiquei nervoso em nenhum momento até realmente chegar lá em General Severiano e ver os jogadores. Eu vejo NFL há bastante tempo, jogo há bastante tempo e sempre fui completamente apaixonado pelo esporte, mas "conhecer jogadores da NFL" era algo que tinha sido retirado da minha lista de sonhos possíveis, então me parecia que aquilo simplesmente não era real.
Eu cheguei lá BEM cedo, o Camp da minha idade tava previsto pra começar às 15h, cheguei 13h30 pra dar tempo de fazer tudo. De cara, achei muito legal o comparecimento do público e o nível de fanatismo. Tinha um cara com o cabelo pintado nas cores do Seahawks e com o "12" tatuado na perna, outro tinha o Steve Smith tatuado na perna abaixo do logo escrito do Panthers. Além desses, tinha muita gente lá que só gostava de futebol americano mesmo e compareceu.

Durante esse tempo de espera, aproveitei pra encontrar alguns amigos com quem já tinha jogado e fui surpreendido quando o Everaldo Marques e o Paulo Antunes foram pro meio da galera. Eles foram muito solícitos com todo mundo que pediu pra tirar foto e autógrafo, entrevistaram alguns torcedores e gravaram até uma vinheta do Antunadas, portanto, vocês vão ver o Tio gritando "CHÉGA!" assim que eles colocarem o programa no ar.
Bom, finalmente chegou o horário do meu grupo entrar pra fazer as atividades. As coisas atrasaram bastante, mas eu já imaginava, pois era muita gente e pouco tempo. Todos receberam shorts azuis e uma camisa verde com o logo da AFWB em azul e amarelo, bem Brasil mesmo! Legal mesmo foi que o Tio se arrumou e percebeu que precisava muito de uma visita ao mictório, então entrei no banheiro que ficava dentro do vestiário dos jogadores, e logo atrás de mim veio o Thomas Keiser, LB do Chargers. Vocês podem jogar no Google, mas vocês não vão ter a real dimensão do quão assombroso de grande ele é pessoalmente. Mais assombroso foi que ele resolveu usar o mictório na mesma hora que eu, então eu simplesmente fui para o mais longe possível dele por uma questão de medo mesmo. Depois de lavar a mão, porque somos higiênicos, trocamos uma ideia e ele foi muito simpático e solícito.
Bom, voltando ao Camp, mesmo antes das atividades começarem a maioria do pessoal já tava treinando, fazendo rotas, ou pelo menos "trocando figurinha", o que acaba sendo um papel secundário, mas muito importante do projeto. A maioria dos melhores jogadores com menos de 21 anos no Brasil estava lá, o que elevou em muito o nível da parada.

O Giacomini tava como uma espécie de líder, organizando a duração e execução de todos os grupos. As atividades começaram com um alongamento e aquecimento e logo depois todos os presentes foram divididos em grupos e postos em estações que faziam atividades distintas. Meu grupo começou com o DeAngelo Williams, num circuito de agilidade que não requeria nenhum conhecimento específico de futebol americano, mas era interessante por criar competição e ter fundamentos bem parecidos com o de quem faz rotas.
Breno apitou e era hora de mudar de estação, dessa vez eram atividades muito usadas em categorias de base pra OL e DL, coordenados por ninguém menos que Okung (OT do Seahawks) e Alex Mack (C do Browns, que é um dos meus OLs favoritos no mundo)! Essa parte é bem divertida, o Mack é um completo fanfarrão, ria passando os drills, zoava o pessoal e ainda me cumprimentou no final e me elogiou, mesmo eu tendo o perfeito biotipo pra não ser OL!
Terceira base foi coordenada pelo Bademosi (S) e o Mingo (OLB), ambos do Browns, e era focada em trabalho de marcação de passes, ensinando desde o backpedal até como cortar acompanhando o recebedor. Interessante que eles incentivavam muito o sentimento de competição, fizeram repetições contra vários meros-mortais, falaram que quem perdesse pagaria 10 flexões.
Quarto exercício coordenador pelo TE do Seahawks, Tony Helfet com ajuda do Golden Tate. À princípio a gente acha que só as maiores estrelas vão ser legais, mas o Helfet é um cara que te faz mudar totalmente esse conceito! Ele gritou tanto que já tava rouco e enchia o saco de todo mundo pra dar 100% na atividade, fazendo do jeito que ele ensinou. Ganhou muita moral comigo só pela atitude! Ah, foi nessa atividade que o menino tomou o pancake do Lynch...

Depois disso, tivemos atividades separadas superficialmente por posição. Fiquei no grupo de WR/DB que treinou novamente com o Helfet, Tate, Bingo e Mandebosi, mas queria mesmo ter ficado no grupo de TE, que tinha incríveis QUATRO pessoas e era treinado simplesmente por Jordan Cameron e pelo Gary Barnidge. Queria abrir um parênteses aqui, o Jordan Cameron me faz questionar minha heterossexualidade, de verdade. Ele é tudo que eu queria ser: alto, forte, bonito, rápido, Tight-End, joga na NFL e já pegou a JÉSSICA ALBA. Vou parar de falar por razões óbvias.
O segundo dia foi um pouco mais "sofrido". Cheguei lá quase na hora de começar a notei que tinha muito menos imprensa presente, mas um público tão grande quanto no primeiro dia. Os organizadores falaram para que todos que tivessem equipamentos os levassem, o que tornou a gama de atividades muito maior. Acho que esse fato de terem os pads tornou o segundo dia mais mal organizado, muita gente ficou "na fome" de fazer mais e mais e acabou bagunçando tudo, furando fila...

Foram poucos os pontos negativos na minha opinião. O atraso, como disse, já era previsível, e pra mim o único "erro" da organização foi não filtrar muito o nível técnico dos participantes. Não que eu ache que o Camp tenha que ser voltado apenas para "grandes jogadores", mas botar um menino que nunca jogou pra correr uma rota contra um dos melhores CBs do Brasil pode ser uma experiência desmotivadora pra ele.
Além disso, importante citar o péssimo papel desempenhado por Raiam dos Santos. O comentarista do Esporte Interativo e grande incentivador do futebol americano nacional mandou super mal no evento. Começou distribuindo adesivos para jogadores que ele considerava melhor, com o objetivo de diferenciá-los dos demais, o que rendeu um baita esporro do DeAngelo Williams, que afirmou que ali todos eram iguais e não compactuaria com isso. Outra mancada, na minha opinião, foi ficar favorecendo muito de seus amigos ou jogadores favoritos nos drills. Em alguns momentos, esses escolhidos tinham feito cinco repetições no mesmo drill enquanto todo o resto não tinha passado da segunda. Um amigo ligado à organização do evento disse que os atletas da NFL reclamaram um pouco de algumas atitudes do Punter brasileiro, como de querer se intrometer e querer filmar tudo que eles faziam na vida pessoal.
Bom, voltando ao lado bom, queria destacar toda a estrutura oferecida pelo Botafogo FR, e a organização montada pelo Daniel Stoler (uma lenda do esporte que pouca gente reconhece), Duda Duarte, AFWB e tantos outros envolvidos.
Desde eu vi o primeiro jogo da NFL na minha vida meu sonho se tornou fazer parte daquilo. Lembro quando ganhei um imã do meu tio que tinha o logo da Liga e brilhava no escuro, eu botei aquilo na lateral do meu computador e sempre dormia olhando aquela bosta brilhar. Sempre que eu rezava eu pedia por saúde, paz e pra jogar na NFL! Chega ser engraçado, né? Mas falando sério, eu vejo que esses dois dias de Camp foram a realização desse sonho. Por dois dias eu voltei a ter 13 anos e me senti de novo aquele menino que acha tudo mágico no esporte.
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Alguns pequenos fatos épicos, antes de fechar:

  • Quando pedi o autógrafo pro Mack, apertei a mão dele e disse: "I hope you wear blue this year playing for the Colts". Ele riu e respondeu: "We'll see..."
  • Golden Tate é gente fina demais, ele sempre elogiava quando eu fazia alguma coisa maneira e trocava ideia comigo com frequência nos intervalos pra água.
  • Marshawn Lynch é completamente retardado! Ele é muito espontâneo, faz o que der na cabeça, seja com quem for ou onde for. Aquele hit filmado foi um no meio de uns cinquenta iguais, fora os gritos que ele dava com quem errava e as flexões que ele mandava todo mundo pagar do nada.
  • Ainda sobre o Lynch, fui pegar um Gatorade depois do Camp terminado e ele tava la também. A gente trocou uma ideia rapidinho, perguntei se ele tinha curtido o Rio e as mulheres daqui e ele me respondeu: HELL YEAH!
  • Eu disse que ia me apresentar como Deprê pro Everaldo, mas fui na humildão, só pedi meu autógrafo mesmo e saí de fininho. Sou desses.
  • Eu disse pro Cameron que ele salvou meu Fantasy algumas vezes, disse que ele era foda e no segundo dia ainda fiz o T (pra quem não sabe) com ele antes dos exercícios começarem. QUE HOMEM!
  • Bonani chuta tão bem que faz parecer tão fácil quanto no Madden. Ele tava acertando FGs com facilidade do meio do campo de General Severiano. Vai chutar a bunda do Bironas esse ano!
  • Confesso pra vocês que eu tô simpatizando muito mais com o Browns no momento e tó até torcendo pro sucesso deles esse ano. Acho que é natural, assim como vou acompanhar muito mais o desempenho dos caras que conheci aqui na próxima temporada

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Pride and Prejudice

Há mais ou menos um mês escrevi um texto enorme falando sobre o Aaron Rodgers e os boatos de que ele seria homossexual. Eu gostei do texto, achei que abordava um assunto legal, sob uma ótica legal, mas acabei nunca postando por achar que ele ia acabar sendo mal interpretado.
Então, ontem saiu a notícia de que Michael Sam, DE do Mizzouri Tigers e muito bem cotado no Draft, assumiu sua homossexualidade. Um tiro no escuro, se tratando de um jogador que ainda nem foi selecionado para um time, que pratica um esporte extremamente machista e que não conta com nenhum jogador assumidamente homossexual.

Fiquei muito orgulhoso pela atitude do menino, e me sentir dessa forma não me torna menos heterossexual, e sim mais compreensivo e humano. Ele assumiu um risco que nenhum outro atleta estava disposto a assumir, afinal, é algo que certamente fará General Managers desistirem de draftá-lo, que causará muitos conflitos internos para o time que ele for, e que com certeza servirá de ofensa por parte dos adversários para sempre.
Só espero que outros jogadores sigam o exemplo, afinal, são 32 times com cerca de 50 jogadores cada, é impossível não existir outro homossexual nesse meio. Eu já joguei com um cara que não se assumia, mas com certeza era homossexual, e nunca vi problemas nisso, afinal, enquanto ele render dentro de campo, as preferências fora dali pouco me importam.
Também fico na torcida de que isso não vire só mais uma pauta para ganhar audiência, com o Sports Center cobrindo cada passo do jogador, sites de fofocas inventando histórias e até a Globo se pronunciando.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Revendo a temporada - O Super Bowl XLVIII

Olha sendo sincero, acho que só vi esse jogo até o final por ter sido o Super Bowl, porque à partir do halftime já tava torcendo pra acabar logo e eu poder dormir mais. Essa foi a pior final entre as oito que eu já vi, o que me surpreendeu, pois esperava um confronto totalmente equilibrado quando os dois times de melhor campanha se enfrentassem.
Acreditei que esse fosse ser um dos melhores Super Bowls de todos os tempos, apostei em 28 a 27 pro Broncos, de virada no último quarto, mas vi que não ia ser bem assim quando a primeira jogada da partida foi um safety. Ok, são só dois pontos no placar, mas muda completamente o psicológico dos times! A defesa do Broncos já entrou em campo parecendo a do Colts, o Champ Bailey então, parecia um cadáver em campo, se o Wilson quisesse completar um passe era só jogar na direção dele.
Dono do Dallas Mavericks disse ter ganhado 20 milhões, mas depois assumiu ser apenas uma piada.
Vamos fazer um acordo? Essa piada de que todo QB é "pipoqueiro" só porque lança uma ou duas INT num jogo, ou comparar com o Tony Romo já ficou MUITO sem graça e sem sentido, então parem. Essas páginas tipo o NFL Memes falavam depois do jogo como se Peyton Manning fosse o grande culpado pela derrota, e eu prefiro acreditar que isso seja falta de criatividade pra uma piada nova do que realmente a opinião deles.
Manning ontem tentou 49 passes, acertando 34, com 1 TD e 2 INT. Nenhum dos passes do Peyton rendeu big plays, mas acho que esse era o planejamento desde o início quando se enfrenta uma secundária como a do Seahawks. O problema é que os WRs não tiveram uma boa partida, a OL não fazia nada (A pressão chegou nas duas INTs, teve um fumble e ainda fizeram um safety) e a defesa estava uma mãe, como dito anteriormente. Querer culpar o Manning faz tanto sentido quanto querer culpar o Brady pelas duas derrotas pro Giants, ou seja, nenhum.
Um dos maiores QBs da história perde mais um SB e volta a ter seu legado questionado 
O Super Bowl também é conhecido por ser a noite onde os modinhas escolhem seus times. Discuta o quanto quiser, mas se você torce pra Broncos ou Seahawks, existem grandes chances de você ser mais um modinha. Tudo bem você torcer pro time que está bem no momento, é algo até natural pra maioria, só se importe em saber o nome dos jogadores do seu time, um pouco de sua história e, principalmente, a escrever seu nome certo antes de pagar de fanático por aí.
Queria deixar um abraço também pros famosos "Torcedores de Circo", que são aqueles que todo ano torcem sempre pro campeão do Super Bowl. O cara depois do ano passado se dizia Ravens doente e hoje já colocou em todos os lugares a sua imagem do Seahawks campeão. Estão descartados aqui aquelas pessoas que não tem time ou que simplesmente SIMPATIZAM (não é torcer) com outros times, que é o meu caso. Eu coleciono coisa de quase todos os times simplesmente por gostar de NFL, mas nem por isso deixo de torcer pro Colts.
Luciana Gimenez mostrando que sua maior conquista foi realmente dar pro Mick Jagger.
Por fim, to falando muito do Broncos, mas o Seahawks fez por merecer demais esse título. Essa defesa é uma das melhores que eu já vi jogando, junto com o Bears de '85 e o Ravens de 2000. Goste ou não, os caras revolucionaram totalmente a visão que se tem dos Defensive Backs e contou também com um fortíssimo front-seven. O ataque não ficou atrás, com uma RB que dispensa comentários, recebedores baixos que ainda assim fazem bons números e um QB que deve ter deixado muito time arrependido de não tê-lo pegado.
A grande questão agora é que o time do Seahawks é um caso raro na NFL, pois grande parte dos seus melhores jogadores têm contratos pouco expressivos no quesito bufunfa, cascalho, verdinha... O grande problema é que com o sucesso recente, muitos desses jogadores, entre eles Richard Sherman e Russell  Wilson vão querer quantias maiores quando seus contratos acabarem, o que torna difícil manter todos, já que a NFL trabalha com a política de salary cap que limita o orçamento gasto com jogadores dos times.
O legal disso tudo também é que agora um brasileiro, ou quase isso, é campeão do Super Bowl! Me senti orgulhoso de vê-lo dando aquela entrevista todo perdido no fim do jogo ontem. Agora Breno Giacomini e muitos outros atletas do Seahawks têm visita marcada ao Brasil no dia 15 e 16 de Fevereiro para um Training Camp da AFWB. Já estou preparando minha tietagem!
Mr. Holding é filho de brasileiros, mas fala meio mal o português.
Gostou do post? Essa semana ainda têm mais dois, falando sobre Playoffs e sobre temporada regular.

sábado, 25 de janeiro de 2014

"I'm the best one in the game!"

Vamos voltar rapidamente pra Domingo passado. Final da NFC, 49ers perdendo para o Seahawks, menos de um minuto no relógio, Kaepernick tenta um passe para a endzone que é desviado por Richard Sherman e interceptado pelo LB Malcolm Smith. Seahawks no Super Bowl e então...



Durante essa semana, essa entrevista foi mais falada até que o próprio Super Bowl! É claro que é um prato cheio pra imprensa, afinal, espera-se sempre aquelas declarações clichês de "Eles também são um grande time, mas estamos felizes com a vitória, agora é trabalhar pesado, blá-blá...". Na hora da entrevista, o Paulo Antunes começou a criticar a postura do Sherman e isso foi quase uma unanimidade entre membros da imprensa e fãs, mas aí entra meu grande questionamento: Por que ele merece ser criticado, ou rotulado como mau-elemento?
Desde o ano passado, Sherman é indiscutivelmente o melhor CB da NFL. Dezesseis interceptações em duas temporadas já seria uma marca digna de aplausos e se torna ainda mais louvável quando nota-se que, em tempos atuais, pouquíssimas bolas são lançadas nos recebedores que ele marca. E o pior é que a maioria de nós o ignorava até aquele grande jogo televisionado contra o 49ers no ano passado onde ele interceptou o Kaepernick e retornou um punt bloqueado para TD, e desde então, a maioria das vezes que seu nome é citado na mídia é pelo que ele fala, e não pelo quanto joga.
Com 1,90, quase 90kg e um histórico de bons desempenhos no atletismo, é fácil de imaginar que Sherman é apenas um jogador físico e rápido, mas vai muito além disso. Ele estudou em Stanford, faculdade famosa pelo prestígio acadêmico, e é sempre mencionado pela sua inteligência pelos técnicos. Uma vez li numa entrevista em que ele dizia que no nível NFL, não há uma disparidade física significativa entre os atletas como há no College e no High-School e por isso é importante se destacar também sendo inteligente e estudando os adversários. Para se ter uma noção, ele dizia que assim que saía o calendário de jogos começava a procurar vídeos e analisar quais rotas cada recebedor costuma fazer em cada situação. Por exemplo, numa 3rd pra 2, marcando Calvin Johson, é interessante você saber quais rotas esperar que ele corra.

Agora voltando à entrevista, Joe Flacco já deu uma entrevista dizendo que era o melhor QB da NFL. Ninguém o chamou de arrogante, metido, na verdade, a maioria riu e pensou "Ok, Flacco, senta lá!". Também era comum que Deion Sanders fizesse comentários similares, enchia o saco de seus adversários, era até ofensivo muitas vezes, mas todos o achavam engraçado, diferenciado e até hoje é tido como um dos maiores de todos os tempos na sua posição.
E por fim, há um certo histórico entre Crabtree e Sherman. Saíram informações de que num evento de caridade, o WR do 49ers se recusou a apertar a mão do CB do Seahawks, o que criou um clima pesado e uma rivalidade. O site da NFL também botou um vídeo que mostra que após o jogo o Sherman tenta falar com o Crabtree, e depois de um exaltado "tapinha na bunda", estica a mão e diz "Great game!" e recebe em troca uma mãozada na grade do capacete.
Agora, podemos voltar a falar do Super Bowl?

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mudando apenas alguns detalhes

São tempos difíceis estes em que vivemos. O Merthiolate não arde mais, não pode mais dar palmada em criança, o Kinder Ovo custa mais que uma Ferrari e meninas de 11 anos acham que são adultas. Seja pelo famigerado tumblr, ou pelo Facebook mesmo, há algum tempo que as jovenzinhas têm a mania de compartilhar fotos sem sentido, com uma frase de emo, mostrando como sua vida é horrível, ou como elas vão superar seus problemas (que problemas?) magicamente sentadas na frente de um computador.
Pensando nisso, usamos nosso lado fanfarrão, que não é pequeno, para fazer pequenas alterações nessas fotos que meninas gostam de postar, o resultado você vê aqui abaixo.












Fiquem à vontade para usar as fotos nos Facebooks da vida, só me deem os devidos créditos.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Previsões do Pai Galo - Championship Round (2013)

Ai, ai, aiai, tá chegando a hoooora!
E particularmente, Pai Galo está dando graças aos orixás, já que seu salário tá atrasado há dois meses. A má notícia é que a situação em Cleveland tá tão feia que eles já estão cogitando o nosso guru para ser técnico e escolher as jogadas e os jogadores no draft na base do tarô mesmo.
Mas bom, vamos aos palpites do Progenitor Galináceo.

New England Patriots 34 @ 37 Denver Broncos
Esqueça a amargura deste que vos fala com o Patriots, mas eu gostaria muito que o Sr. Meyton Panning ganhasse mais um anelzinho antes de se aposentar.
Fiquei surpreso no gameplan do Pats contra o Colts, a gente falava tanto de como o Tom Brady faria pra se virar com seus não-tão-famosos WRs e no final das contas o Blount correu mais que funkeiro no rolézinho quando chegou a PM. Quero ver como funcionarão os ataques terrestres de ambos os times, e o quanto vai sobrar para que os QBs realmente resolvam.
Mas não espero jogo fácil não, a gente sabe da fama do Testudo de amarelar, do Giselo de crescer nos playoffs...

San Francisco 49ers 17 @ 28 Seattle Seahawks
O time do 49ers ganhou do Seahawks em casa nessa temporada e tá numa vibe muito empolgada. Eu achava difícil o time passar do Packers, e mais ainda de passar do Panthers, mas cá estão!
Eu só continuo tendo muita fé na defesa do Seattle segurando o multi-dimensional ataque dos Niners, e acredito que Anão-Wilson e sua trupe vão conseguir fazer alguma coisa contra aquela trupe de assassinos que o 49ers chama de defesa.

Só pra terminar, Pro Bowl não precisa de Pai Galo, né?

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

LISTA - A trilha sonora da NFL

Esse é o post mais idiota da história deste blog, mas eu aposto que por uma semana você vai ficar cantarolando essas músicas e vai associá-las aos jogadores citados. 

1- "Somewhere over Dwayne Bowe"

Essa é velha, mas eu não consigo citar o WR do Kansas City Chiefs sem cantarolar a famosa música do filme "O Mágico de Oz". Sério, olha essa melodia, ela pede por "Dwayne Bowe"!

2- "Heyward-Bey Bey Bey"
Essa é mais tosca, só lembra quem gosta desses raps mundanos. Essa música estourou nos EUA bem antes do draft onde o WR que dropa mais do que recebe ser pego pelo Oakland.

3- "We're up all night to get Lucky"

Essa música fica muito mais legal quando você a imagina sendo cantada por um DL que vai jogar contra o time de Indianapolis.

4-"Drop it, Randy Moss!"
Foi difícil achar uma foto do menino deixando a bola cair
Isso era quase um mantra naquela temporada onde Randy Moss, WR do Patriots na época, quebrou o recorde de TDs recebidos numa temporada. O já veterano não dropava nada, só me restava secar.

5-"Sean Leeeeee"
Homenagear o LB do Dallas ouvindo Mariah Carey é mais fácil do que fazer TD na defesa dele. Irônico que a defesa do Dallas também não "consegue viver" sem o Sean Lee.

6- "Antonio Ramiiiiro"
Essa eu já tinha lançado no Twitter e tudo. Para aqueles que não sabem, o nome do nosso querido QB do Cowboys é Antonio Ramiro Romo (senão acredita clica AQUI) e parece que o Justin Timberlake é grande fã dele. Mandou até um "You're are the love of my life" no final do clipe.


Tem ideias assim, também faz isso com as músicas? Então comenta ou mande um tweet falando sobre!

sábado, 11 de janeiro de 2014

Previsões do Pai Galo - Divisional Round (2013)

Pai Galo acertou 3 dos 4 jogos na semana passada, só pecou por acreditar muito que o Andy Dalton não brincaria de soltar balão em Cincinnati. Com a moral elevada e sem mais delongas, vamos aos palpites desta rodada dos Playoffs!


Indianapolis Colts 31 @ 24 New England Patriots
O Colts tá me lembrando um pouco times como o Green Bay e até o Giants no ano que foram campeões. Chegam nos playoffs meio desacreditados, com um seed baixo e crescem quando é preciso.  Todo mundo fala da ausência do Gronk, mas a real é que tendo o Tom Brady não tem como o ataque do Pats ser fraco. Até porque, a secundária do Colts faz qualquer Kenbrell Thompkins parecer Jerry Rice.

San Diego Chargers 24 @ 27 Denver Broncos
Eu vou acreditar no Broncos. Eu entendo a freguesia do Peyton pro Chargers, eu entendo sua queda de rendimento nos playoffs e no frio, mas o time teve só três derrotas na temporada regular, o Testudo quebrou tudo quanto era recorde possível. Eu gosto do que o Chargers vem jogando esse ano, não me surpreenderia nem um pouco se ganhassem, mas a tarefa fica bem mais difícil se o Ryan Matthews realmente não jogar (Tava demorando pra se machucar, né?)

San Francisco 49ers 14 @ 20 Carolina Panthers
No aspecto técnico, o Panthers é franco favorito pra mim. Contudo, tenho dúvidas se o time vai ter maturidade suficiente pra lidar com um jogo importante assim. Depois da semana passada, a gente já viu que pro 49ers jogar fora de casa faz pouca diferença e que o time tem tanto boas armas no jogo corrido quanto no jogo aéreo, sem falar da defesa muito completa. Por sinal, pra quem gosta de ataques, melhor nem ver a partida.

New Orleans Saints 24 @ 38 Seattle Seahawks
O Saints vai vir com muito mais "sangue nos olhos" depois de tomar aquela lavada na temporada regular, mas o time do Seahawks é monstruoso demais. A defesa é tão boa que soou quase como blasfêmia colocar o Saints fazendo 24 pontos, mas não consigo desacreditar num ataque com Drew Brees. À título de curiosidade, os dois QBs desse jogo são baixos pros padrões NFL e os outros 5 anões da Branca de Neve já compraram seus ingressos pra verem seus amigos jogarem.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Mock Draft do Tio Deprê

O Draft de 2014 só começará oficialmente no dia 8 de Maio deste ano, mas com a chegada dos playoffs e a definição da ordem de escolha da maioria dos times, já dá pra fazer uma previsão de qual devem ser as escolhas de cada time. Os "Mock Drafts" são bastante populares e simulam as escolhas de cada time levando em conta suas necessidades e os jogadores disponíveis, e são levados bastante a sério, alguns jornalistas só trabalham com isso e passam o ano todo fazendo projeções. Para se ter noção, o Walter Football (um dos sites mais renomados de Mock Drafts) já fez um para a edição de 2015 (DOIS MIL E QUINZE!).

O Tio Deprê, expert supremo de NFL e do jornalismo sério, resolveu fazer o Mock Draft das dez primeiras posições do Draft do ano que vem e o resultado você confere aqui abaixo.

1 - Houston Texans: Johnny Manziel, QB.
O Texans vai atrás de um QB e Manziel é uma boa opção. Para o Johnny Football ir para o Texans é interessante, já que continua no estado onde fez história no college, não precisa nem fazer mudança e não perde o cartão fidelidade nas suas amadas boates (que é o mais importante, claro)


2 - St. Louis Rams (via Redskins): Jadeveon Clowney, DE/Monstro.
O Rams precisa de um bom jogador, nem que seja pra vender camisa! Robert Quinn fez estrago como DE esse ano e seria legal ver Clowney do outro lado. Eles poderiam draftar também um QB que consegue ficar um ano inteiro sem se machucar, ou que pelo menos não seja caolho, mas como é o Rams...
O desafio é olhar essa foto por mais ou menos um minutos sem sentir medo. 
3 - Jacksonville Jaguars: Terry Bridgewater, QB.
Há quanto tempo o Jaguars não tem um QB? Pois é, acho que nunca teve. Esse ano o time QUASE deixou a gente sonhar um pouco varrendo o Texans e engatando uma boa sequência de vitórias. No pior dos casos, Jacksonville fica com outro pick alto e pega o Jameis Winston, QB de Florida State que ia, pelo menos, levar gente pro estádio.

4 - Cleveland Brows: Jesus Cristo, Milagreiro.
Olha o Browns aqui de novo no Top5 do Draft! O time de Cleveland já draftou jogador de tudo quanto é posição e faculdade com seu pick de primeiro round e praticamente nenhum deles deu retorno, fica claro que nem mesmo o Kevin Costner consegue dar jeito nesse time. A solução então é apelar pro divino, draftar Jesus Cristo e torcer por um milagre.


5 - Oakland Raiders: Cairo Santos, K.
O Al Davis morreu, mas o Raiders continua tendo a tradição de fazer as escolhas mais "sem noção" todo ano. Quer uma amostragem simples? Bom, o Raiders draftou JaMarcus Russell como primeiro pick do primeiro round, e Darrius "Mão de Pedra" Heyward-Bey com o sétimo pick do primeiro round em outro ano. Devido a esse histórico, nos resta torcer pra insanidade reinar outra vez e o nosso brasileiro promessa ser selecionado por um time que vai dar a ele muitas chances de FG, já que TD não vai acontecer nunca!

6 - Atlanta Falcons: Tony Gonzalez, TE.
Se o Atlanta pudesse, faria até pacto com o Sete-Pele pro Tony Gonzalez voltar a ter 20 anos. O Matt Ryan pode jogar a bola pro alto parecendo um balão de festa junina que o Gonzo magicamente pega e ainda leva pra TD. Como a idade chegou pro nosso querido mexicano, a melhor escolha pro Falcons seria uma fonte da juventude, ou um clone dele.

7 - Tampa Bay Buccaneers: Sammy Watkins, WR.
O Glennon "Chicken Little" não é um QB de tudo ruim não. Se o jogo corrido funcionar ano que vem com o Doug Martin e a OL bloquear bem, é só adicionar outra peça pro menino além do Vincent Jackson que o Buccs fica um time muito legal de assistir. Lembrando que o pai de Vágner Love foi contratado como técnico nessa semana: Lovie Smith (Piada ruim, boa noite).

8 - Minnesota Vikings: Blake Bortles, QB.
Seria um sonho se o QB de UCF sobrasse até o pick do Vikings, mas acho bem difícil. O pouco que acompanhei dele nesse ano me mostrou ser um atleta pronto pra NFL e já chega causando impacto junto com Adrian Peterson e Cordarrelle Patterson. Uma boa também seria draftar uma defesa inteira, mas como não é possível...
É só o Metrodome, mas também uma boa analogia pro desempenho dos QBs do Vikings depois do Favre.

9 - Buffalo Bills: CJ Mosley, ILB.
A defesa do Bills tem bons nomes que você acaba não escutando muito sobre, afinal, é o Bills! Não sei a lógica é matar o Tom Brady e assim ter alguma chance de ganhar a divisão, mas o time de Buffalo tá montando uma defesa bem agressiva e draftar outro LB vai fazer as coisas ficarem bem interessantes.

10 - Detroit Lions: QUALQUER DB, PELO AMOR DE DEUS.
O ataque do Lions é bem arrumadinho, principalmente com o jogo corrido funcionando bem nessa temporada. Contudo, ver a secundária desse time jogar me dá câncer! Se eu fosse GM do Lions, eu gastaria pelo menos dois picks no draft em defensive-backs. Senão quiser, bota o Calvin Johnson de Safety que também dá certo!

Oi, alguém falou Safety? Assim ainda recebo uns passes do Eli!